sexta-feira, 17 de junho de 2011

Chapéus, cravos brancos e guardas-chuvas (Pedrão 1900s)




Na foto maior, Armindo Pedreira Dantas Bião (meu avô paterno, 1865-1931), está em pé, com revólver na cintura e, na mão esquerda, um cravo branco e um guarda-chuva. Sentado, a sua direita, também com um guarda-chuva, está o famoso Padre Carneiro (Vigário Cônego José Batista da Silva Carneiro), autor da "Árvore genealógica das principais famílias do Pedrão", da qual aliás consta a nossa. Os outros na foto são, segundo minha tia Mariath Martins Bião (que me doou os documentos acima), Zezé Godinho (sentado, segurando um guarda-chuva) e Amintas Carneiro, estes ambos com cravos brancos na lapela. Segundo ela, esta foto registra a preparação para uma caçada (ou talvez uma farra) e seria de antes do casamento de meu avô em 1903, mas já provavelmente do início do século XX. Contudo, creio tratar-se da preparação para um casamento, pelos cravos brancos (para padrinhos), pelos guardas-chuvas (sugerindo deslocamento) e presença do famoso Padre, que fez tantos casamentos e batizados pelo Pedrão afora...

O convite, ou melhor, a "participação" do casamento de meus avós paternos anuncia a data de 24 de fevereiro de 1903, a cidade de Irará (onde chegou a haver a Praça Armindo Bião, abaixo, hoje Praça da Bandeira) e a residência na Fazenda Desterro.

O "santinho" de deputado é provavelmente de 1908 e deve ter precedido a nomeação da praça (abaixo):

O cravo representaria o amor puro e latente, e também a liberdade! Os guardas-chuvas anunciam chuva... e os chapeus masculinidade... asssim como o cravo seria a flor dos homens, tradicional, no altar, na lapela do noivo (vermelho, siginificando que se vive para a pessoa amada) e dos padrinhos (branco, de se estar com força e em paz) e, também, presença na essência de perfumes masculinos...

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