terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A torre em concurso

Em 1984, a peça do dramaturgo brasileiro Joaquim Manoel de Macedo sobre teatro e política parecia uma boa aposta, após meu retorno do mestrado em interpretação teatral... quando, ansioso por dar aulas do que praticara tantos anos e acabara de estudar bem, recebi como incumbência, na UFBA, dar aulas de indumentária e história do traje para alunos da Escola de Teatro e de elementos de teatro para alunos de outras unidades (o que acabaria por se revelar bem estimulante, ainda bem)... mas o choque foi tremendo... e o resultado (meio?) pífio...

Eu ainda faria em Salvador nessa época quatro espetáculos (entre 1984 e 1985), mas já começava a matutar em ir à busca do théâtre de la jeune lune, miragem que justificaria um doutorado em Paris, em antropologia social e sociologia comparada...

Atuei então com o pessoal da Medicina Preventiva (Naomar de Alemida Filho et al) em receptivos de bolsistas norte-americanos da Kellogg Foundation... tive convites para retornar aos EUA para doutorado (Houston, Texas), mas já sonhava com a Paris de meu personagem shakespeariano de Henry V, de meus amigos das máscaras e commedia dell'arte (que conhecera em Minneapolis) e de minha passagem por ali em 1970, a pão e leite comprados, com açúcar grátis pegado dos balcões de comércio e, só uma vez, com sorvete e frango assado, no dia em que As Begônias se reencontraram na rua, por acaso, após viajarem de carona desde Lisboa e antes de se separarem na Porte de la Chapelle, para novas caronas rumo a Londres e o desconhecido... foi quando li Michel Maffesoli sobre Dionísio e, graças a nosso amigo comum Vivaldo da Costa Lima, nos conhecemos num restaurante do Rio Vermelho...

Aqui o programa, fotos de Lúcio Mendes e recortes de jornal de A Torre em concurso, que registram conosco a presença do músico e compositor Tenison Del Rey, além de outras curiosidades...







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