domingo, 4 de dezembro de 2011

Shakespeare, Anouilh e Oxum

Minneapolis reúne o minne, de água, na língua dakota, com o polis, de cidade em grego e, de fato, é conhecida por seus muitos lagos, pelo rio Mississippi e pela cachoeira de Minnehaha (a água que ri, que se enrola ou que, simplesmente, cai). Berço de Bob Dylan e Prince, Minneapolis, com a maior população ameríndia norte-americana urbana, forma, com sua vizinha Saint Paul, um importante aglomerado metropolitano (conhecido como The Twin Cities, as cidades gêmeas) no meio-norte dos EUA, local da melhor qualidade de vida no país.

Capital do estado de Minnesota (terra da água), conhecido como o The Ten Thousand Lakes State (estado dos dez mil lagos), onde fica a Universidade de Minnesota, cujo departamento de teatro é o mais antigo dos EUA (com cerca de 80 anos), é mais ou menos onde o vento do polo norte, que entra no continente pela Baía de Hudson, no Canadá, faz a curva, sugerida pelos grandes lagos norte-americanos (Superior, Huron, Erie, Michigan, Ontario). O frio aí é muitas vezes mais severo que o do Alaska. Suas tempestades de neve (blizzards) fecham o aeroporto local com frequência. A neve domina quase metade do ano. A temperatura fica abaixo de 0º C quase três meses e não é raro descer abaixo de 20º C negativos, chegando, com o fator vento (windchill), a menos 30º C.

Aí vivi de agosto de 1981 a dezembro de 1983, com bolsa da CAPES/ Fulbright, pelo programa LASPAU, Latin American Scholarship Program for American Universities, para um Master of Fine Arts em Interpretação Teatral. Assim fiz o Henry V e o Scapino e mais três participações em eventos artísticos (documentos abaixo), antes do Recital final do curso e ao lado da iniciação à pesquisa, que gerou três papers publicados. O último desses documentos contém minha admiração pelo poder das águas, nesse caso doce, de Oxum. Ora iê iê ô!



Nenhum comentário: